Estudo feito na USP com população acima de 65 anos mostrou que o índice de MORTALIDADE é quase 63 vezes MAIOR em mulheres com POUCA MASSA MAGRA nos MEMBROS.
Avaliar a composição corporal de pessoas com mais de 65 anos – particularmente a MASSA MUSCULAR localizada nos braços e nas pernas (apendicular) – pode ser uma estratégia eficaz para estimar a LONGEVIDADE, mostrou um estudo feito na FM-USP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e publicado no Journal of Bone and Mineral Research.
Dados de pesquisa confirmam
Depois de acompanhar um grupo de 839 idosos ao longo de aproximadamente quatro anos, os pesquisadores observaram que o RISCO de MORTALIDADE geral durante o período foi quase 63 vezes maior entre as MULHERES com pouca MASSA MUSCULAR apendicular. Entre os HOMENS que já na primeira avaliação apresentavam baixa porcentagem de músculos nos membros, a chance de morrer foi 11,4 vezes maior.
Na análise final foram incluídos 323 (39%) homens e 516 mulheres (61%). A frequência de baixa massa muscular nessa amostra foi em torno de 20% em ambos os sexos.
A perda generalizada e progressiva de massa muscular associada ao envelhecimento é conhecida como SARCOPENIA. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia indicam que a condição chega a afetar 46% dos INDIVÍDUOS acima de 80 anos.
Sedentarismo e pouca proteína pioram o quadro
Principalmente quando combinada à OSTEOPOROSE, a SARCOPENIA pode aumentar a vulnerabilidade dos idosos, tornando-os mais propensos a quedas, fraturas e outros traumas físicos. A relação entre baixa densidade mineral óssea no fêmur e mortalidade foi também demostrada em estudos feitos com essa comunidade, publicados em 2016.
Estima-se que, após os 50 anos, entre 1% e 2% da massa muscular seja perdida anualmente. Entre os FATORES que podem acelerar o fenômeno estão sedentarismo, dieta pobre em proteínas, doenças crônicas e hospitalização.
O melhor prevenção é fazer exercícios e musculação
A boa notícia é que a SARCOPENIA é um problema que pode ser EVITADO e até mesmo REVERTIDO com a prática de exercícios físicos, principalmente musculação. Cuidados com a ingestão de proteínas também são recomendados.