Por que ela acontece?
A endometriose é uma doença causada pela presença, encontro, de células do endométrio (tecido que reveste a camada interna do útero) fora do seu local habitual, ou seja, fora da cavidade uterina, causando um processo inflamatório crônico nestes locais anômalos.
Não existe ainda uma teoria única que explique esta patologia, mas um dos mecanismos que ocorre é o fato das células endometriais (menstruais) em vez de serem expelidas para baixo em direção ao colo do útero e vagina durante a menstruação, elas se movimentam no sentido oposto caminhando em direção das trompas, ovários ou alcançando a cavidade e órgãos abdominal, para se instalar, multiplicar e sangrar nos próximos ciclos menstruais sucessivamente.
Quais principais sintomas da endometriose?
Os sintomas clínicos de endometriose são: dismenorreia (cólica menstrual) forte intensidade e muitas vezes progressiva, dor pélvica-abdominal cíclica relacionada ao período menstrual, dispareunia (dor nas relações sexuais), alterações intestinais ou urinarias e infertilidade. Até 40% das pacientes com infertilidade podem apresentar endometriose.
O verdadeiro perfil da portadora de endometriose é impreciso, embora exista consenso de que a doença está presente entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva, podendo alcançar 50% dos casos em pacientes inférteis ou com dor pélvica crônica.
Primeiro passo é o exame ginecológico clínico
O exame ginecológico clínico que realizamos é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos exames laboratoriais e de imagem como, visualização das lesões e biopsia por laparoscopia, ultrassom, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral (Ca125) que se altera nos casos mais avançados da doença.
Tratamentos
O tratamento será basicamente bloquear a menstruação através de medicamentos para assim diminuir o processo inflamatório nos locais e órgãos acometidos reduzindo a dor, porém nem sempre controlando a evolução da doença.
Em alguns casos mais avançados de endometriose profunda abdominal poderá ser necessária também uma abordagem cirúrgica dos focos endometrióticos.