Embora tenham vários tipos de DIU e sejam altamente eficazes, evitar a gravidez usando DIU (dispositivo intrauterino) ainda não é tão comum quanto deveria. A falta de conhecimento sobre métodos contraceptivos representa um importante problema mundial.
No Brasil, não é diferente. Estima-se que cerca de 55% das brasileiras com filhos não planejavam engravidar. Com a utilização do DIU, o problema poderia ter sido evitado.
A gravidez não desejada eleva as taxas de mortalidade materna e pode resultar em problemas também para o bebê, além de repercussões negativas na esfera econômica e social.
A escolha de contraceptivos reversíveis de longa duração é uma das principais maneiras de evitar com eficácia a gravidez indesejada e os tipos de DIU que vamos explicar abaixo podem ser melhor conhecidos e compreendidos em seu alcance e eficácia.
Mas afinal, quais os tipos de DIU e o que são contraceptivos reversíveis de longa ação? (LARC)
Também chamados de LARC, os contraceptivos reversíveis de longa ação são aqueles que apresentam duração igual ou superior a 3 anos. Nessa categoria figuram o DIU de cobre, o DIU hormonal e o implante contraceptivo subdérmico hormonal.
Os LARC são os métodos reversíveis mais eficazes conhecidos, com taxas de sucesso similares aos métodos cirúrgicos definitivos, como a vasectomia e a ligadura das tubas uterinas.
Os contraceptivos reversíveis de longa ação são recomendados para todas pacientes que desejam uma contracepção eficaz, incluindo adolescentes, mulheres que nunca engravidaram e com contraindicações a outros métodos contendo estrogênio.
Os LARC apresentam assim um pequeno número de contraindicações, com elevada eficácia e satisfação. Vamos saber um pouco mais sobre eles?
1. DIU de Cobre
O mecanismo de ação do DIU de cobre deve-se a um efeito sobre os espermatozoides e muco do colo do útero, além de alterações na cavidade uterina devido às altas concentrações do metal. Embora seja altamente eficaz, de baixo custo e fácil manejo, o método ainda é pouco utilizado no país.
O DIU de cobre tem longa durabilidade, de até 10 anos. Preferencialmente, o contraceptivo é inserido no útero durante o período menstrual, quando o colo encontra-se mais dilatado. O DIU de cobre pode ser utilizado mesmo em mulheres sem filhos.
Entre os efeitos colaterais figuram o sangramento menstrual irregular, o aumento do fluxo e a piora da cólica, principais causa de descontinuação.
2. DIU hormonal
O DIU hormonal libera diariamente e em baixas doses na cavidade uterina um hormônio do tipo progesterona. O método tem eficácia garantida de até 5 anos.
O mecanismo de ação ocorre no muco cervical do colo uterino, na inibição da motilidade do espermatozoide e pelo efeito hormonal na cavidade uterina.
A ação hormonal deste tipo de DIU é basicamente um efeito local sobre o endométrio. Além da função contraceptiva, o método traz outros benefícios:
- prevenção ou melhora de quadros de anemia;
- tratamento do fluxo menstrual abundante e da cólica menstrual, evitando em alguns casos a histerectomia, cirurgia de retirada do útero.
Este tipo de DIU funciona também como uma boa alternativa em mulheres com endometriose e miomas uterinos.
Mais de 50% das usuárias do DIU hormonal terão o ciclo menstrual interrompido após 6 meses de uso e cerca de 33% notarão diminuição no fluxo.
O DIU hormonal é inserido no próprio consultório, preferencialmente durante o período menstrual, o que exclui a possibilidade de gravidez.
Além da alta taxa de satisfação das usuárias, o método tem eficácia similar a da vasectomia e maior que a da ligadura. Evitar a gravidez usando DIU, portanto, oferece um grau de confiança elevado.
Este tipo de DIU pode ser usado também em mulheres que nunca engravidaram, sendo liberado e indicado até mesmo para adolescentes.
3. Implante subdérmico hormonal
Os implantes hormonais são dispositivos plásticos colocados na pele, com liberação contínua de um hormônio tipo progestagênio.
Desse modo, o efeito contraceptivo é obtido principalmente por meio da inibição da ovulação, além de alterações no útero.
Por isso, seu uso é indicado principalmente para mulheres que não podem utilizar outros métodos hormonais, como pílulas e injetáveis. Outra utilização frequente é para o controle e tratamento da endometriose e da TPM (Tensão Pré-menstrual).
O implante hormonal tem duração de até 3 anos e apresenta uma das mais altas taxas de eficácia contraceptivas, similar à da vasectomia, além de diminuir ou até mesmo eliminar a menstruação em 50% das usuárias.
A inserção do implante é um procedimento simples, via subdérmica ou seja, abaixo da pele, na região interna do antebraço. A aplicação é feita com anestesia local e no próprio consultório médico.
E então, gostou de entender como é possível evitar a gravidez utilizando DIU? Se você quiser saber mais sobre métodos contraceptivos, não deixe de conferir esse artigo.