Parto Humanizado: a evolução da medicina e da obstetrícia

Como surgiu o conceito de Parto Humanizado?

Com o passar dos anos ocorreu à evolução da medicina, o surgimento de novos e importantes recursos tecnológicos, um maior conhecimento e ponderação na tomada de decisões com a medicina baseada em evidencias científica, um estimulo a participação do paciente em todo o processo, determinou progressivamente uma mudança no conceito de relacionamento médico-paciente, e na forma da conduta médica.

A opinião/participação do paciente e gestante, o esclarecimento médico com a passagem de informações prévias, a divisão de responsabilidades no processo de tomada de decisões começou a ter uma relevância crescente na pratica médica.

Atualmente privilegia-se a “segurança” tanto da mãe como do bebê em primeiro lugar quando são usadas toda a tecnologia e conhecimento médico-científico em prol do melhor resultado materno-fetal e sucesso no procedimento.

O processo de “humanização” do nascimento e assistência ao parto abrange uma mudança de atitude, postura e conduta do obstetra, da gestante e do casal. O conhecimento deve ser compartilhado e a mulher/gestante é encorajada a assumir uma participação ativa, como atriz principal, em todo o processo.

Com a humanização do parto muitos procedimentos que antes eram realizados, alguns desnecessários ou até prejudiciais, foram abandonados ou substituídos por outros mais seguros e inócuos.

A assistência ao trabalho de parto e parto ideal abrange a necessidade de um trabalho em equipe, onde o vínculo, a confiança, segurança e apoio passado pelos profissionais da saúde e pelo médico obstetra exercem um papel fundamental no sucesso e satisfação da gestante/parturiente. 

Atualmente o acesso a informação é uma coisa muito fácil e disponível via internet e até em redes sociais. A gestante deve ser esclarecida e ter saneada suas dúvidas, questionamentos. Ela é estimulada a se preparar, conversar sobre seu plano de parto durante o pré-natal e exercendo sua “autonomia” que deve ser respeitada em ambos os lados (médico/paciente).

Uma mudança na rotina hospitalar

A nível hospitalar na maternidade procura-se realizar o mínimo de procedimentos e rotinas necessários, mas com o máximo de informações possíveis possibilitando assim que a gestante se sinta acolhida, segura e confiante.

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Essa mudança de comportamento e objetivo é a base da filosofia do chamado Parto Humanizado que deve ocorrer num ambiente “seguro” com a retaguarda e estrutura de uma equipe de neonatologia devido à imprevisibilidade do processo de nascimento. Isto tornará o parto mais “natural” para ser vivido como uma experiência: única, positiva e feliz!

A importância do preparo prévio ao parto

Ocorreu também uma mudança grande e importante nos últimos anos com relação ao parto normal que foi a possibilidade da gestante fazer um “preparo prévio” sendo avaliada já durante o pré-natal quanto às condições de seu assoalho pélvico e períneo para a tentativa de parto vaginal.

Essa avaliação será realizada idealmente, através de uma consulta com uma fisioterapeuta obstétrica especializada que poderá assim determinar a elasticidade, flexibilidade e, força muscular do abdômen, assoalho pélvico e períneo.

Isto determinará o tipo de trabalho e preparo mais indicado em cada paciente durante a gestação aumentando muito deste modo, o sucesso no parto normal além de reduzir bastante também possíveis lesões e traumas na paciente, além de seu medo.

Neste contexto, a realização no pré-natal da massagem perineal assim como o treinamento para o parto normal com o uso do dispositivo chamado “EpiNo” tem grande importância para se evitar a necessidade da episiotomia (corte no períneo) diminuindo muito a incidência de lesões e rotura do períneo. Em alguns casos já é possível realizar um parto sem a necessidade de pontos!

Procure escolher bem seu médico obstetra que irá lhe acompanhar neste processo. A experiência com o parto normal, motivação e afinidades são elementos essenciais na escolha e formação da equipe que estará junto a você nesta jornada.

A decisão pelo parto normal…

Toda essa mudança de conceitos, comportamento, atitudes, acessibilidade e disposição da equipe multiprofissional envolvida no parto hospitalar têm progressivamente encorajado mais gestantes a optarem pelo parto normal de uma maneira mais consciente, esclarecida e principalmente, segura. 

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No mundo atual cresce a “consciência da natureza” e, portanto cada vez mais mulheres estão refletindo sobre a vantagem de escolher ter seu filho do modo mais natural possível, mas sem abrir mão da segurança.

Qual o melhor parto: normal ou cesárea?

Além das já conhecidas vantagens do parto normal a sensação para a mãe após o nascimento num parto normal é uma mistura de êxtase, recompensa, vitória apesar do cansaço, de dever cumprido por ter ajudado no processo de “dar à luz” para o seu amado bebê. De ter vencido o primeiro degrau do ato de se tornar “mãe”.

Como lidar com o insucesso…

Se por acaso a tentativa de parto normal não terminar num nascimento por via vaginal, em momento algum deve se pensar que “não deu certo”, mas sim que apenas não foi como se imaginava!

O objetivo de tudo…

O mais importante e essencial será sempre o nascimento do bebê com “segurança”, priorizando a sua saúde e bem estar em primeiro lugar. 

Como lidar com o medo e a dor do parto normal?

Com relação ao “medo” do parto normal, receio de sentir muita dor, de não suportar, nossa maior arma e aliada nos últimos anos neste sentido é a disponibilidade de realizar no momento mais adequado e indicado, a “Analgesia de trabalho de parto e parto normal” quando depois de instalado este procedimento médico a parturiente irá referir um grande alívio e satisfação com relação às contrações dolorosas, por vezes insuportáveis, do processo de nascimento.

Existem outras maneiras também de aliviar as dores das contrações durante o trabalho de parto, como mudanças de posições da mãe, banho quente, banheira, acupuntura, massagens e até dança, entre outras…

Acredite em você! Confie. Você é capaz. Pense nisso!

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