Mulheres não buscam tratamento para dor menstrual, revela estudo.
Períodos menstruais dolorosos afetam significativamente o desempenho acadêmico de jovens no mundo todo, conforme uma REVISÃO de ESTUDOS que envolve mais de 21.570 mulheres de 38 países de renda baixa, média e alta. O mais preocupante é que, APESAR de HAVER TRATAMENTO, a maioria delas simplesmente aguenta a dor.
O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade Western Sydney, na Austrália, e publicada no Journal of Women’s Health, revela que 71% das mulheres sofrem dores menstruais fortes globalmente, inclusive nos países mais ricos, que, em teoria, oferecem mais acesso aos serviços de saúde.
O que dizem os pesquisadores
De acordo com a pesquisa, uma em cada cinco mulheres jovens (20%) relatou que faltava na escola ou na faculdade devido a dores menstruais (ou dismenorreia), enquanto 41% disseram que tinham a concentração e o desempenho em sala de aula afetados durante os períodos.
Apesar da crença comum de que as mulheres acabam se acostumando às dores menstruais com o passar da idade, as taxas foram semelhantes em estudantes de colégios e faculdades.
Para os autores, FALTA INFORMAÇÃO ADEQUADA sobre o problema, seus prejuízos e os possíveis TRATAMENTOS, que podem envolver anti-inflamatórios, contraceptivos e mudanças comportamentais.
A crença de que a dor menstrual faz parte natural da vida feminina
A CRENÇA de que sentir dores fortes nos períodos menstruais faz parte da realidade feminina é a principal BARREIRA para as mulheres procurarem ajuda. Muitas delas NEM chegam a FALAR do ASSUNTO com os médicos, algo que já poderia ser diferente.
Vale a pena lembrar que a dismenorreia (cólica menstrual) pode ser um sintoma de alterações no aparelho reprodutor feminino, como ENDOMETRIOSE e MIOMAS, e nesse caso o TRATAMENTO precoce e adequado pode BENEFICIAR bastante as pacientes e até EVITAR um quadro de infertilidade no futuro, dor pélvica crônica, dor às relações sexuais (dispareunia).