Dá-se o nome de gestação tardia quando a gravidez ocorre após os 35 anos de idade materna. Alguns autores, entretanto, consideram idade avançada somente a partir dos 40 anos.
Com o aumento da idade materna ocorre o declínio da fertilidade. Aproximadamente 1/3 das mulheres entre 35 e 39 anos já apresentam dificuldade para engravidar.
A idade ideal para a procriação tem sido considerada pela literatura, como algo entre 20 e 29 anos, quando são observados os melhores resultados maternos e perinatais.
As principais complicações na gravidez associadas à idade materna avançada são descritas a seguir: maior taxa de abortamento espontâneo, anomalias cromossômicas, gestações múltiplas mais frequentes, síndromes hipertensivas (elevação da pressão arterial). Também consideradas a diabetes gestacional, trabalho de parto prolongado, complicações no período expulsivo do trabalho de parto, sangramentos anormais, baixo peso fetal ao nascer, óbito fetal e maior mortalidade neonatal.
A idade é apenas um indicador de risco
Alguns autores entendem que a idade materna deve ser considerada apenas como um “indicador de risco” (maior risco de doenças e complicações) e não como uma “Gravidez de risco” propriamente dita.
O risco de anomalias cromossômicas, especialmente a trissomia do cromossomo 21 ou Síndrome de Down, aumenta consideravelmente e progressivamente com a elevação da idade materna, assim como as taxas de abortamento espontâneo.
Nesta faixa etária é mais comum à existência já de doenças prévias a gravidez, como a hipertensão e o diabetes, que devem ser tratados e controlados antes da concepção para assim reduzir os riscos na futura gravidez. A isso chamamos de “aconselhamento pré-gestacional” de grande importância quando se trata de planejar uma gestação tardia.